O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e Mecânicos, na Fundição, na Siderurgia e na Indústria do Material Elétrico de Joinville foi fundado em 17 de Novembro de 1931. Seu reconhecimento como entidade viria apenas em 12 de fevereiro 1942 através da liberação da carta sindical pelo Ministério do Trabalho. Assim surgia nossa entidade de representação, criado a época sob a ótica de um sindicalismo como órgão de colaboração e cooperação com o Estado.
Quando o sindicato foi criado as condições de trabalho eram péssimas, os salários baixos e os direitos trabalhistas eram praticamente inexistentes. Havia uma forte repressão ao movimento sindical e total falta de infraestrutura para a sua ação. Estávamos no primeiro período de Getúlio Vargas como presidente do Brasil. Foram 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945. Quando nosso sindicato foi criado, vivíamos sob um “Governo Provisório”.
Quando Getúlio Vargas retorna ao poder em 1951 a classe trabalhadora no Brasil havia dobrado seu contingente. Éramos 1,5 milhão de trabalhadores só na indústria. As greves já eram constantes, as paralisações e protestos cresciam. O ano de 1953 ficou marcado pela luta da classe operária contra a fome e a carestia que atingiu mais de 800 mil famílias de operários. Só em São Paulo aconteceram mais de 800 greves neste ano.
Entre 1950 e 1960 as grandes greves foram resultados de ações intensas dos sindicatos para as campanhas salariais. Até que a repressão militar esmaga de vez o movimento sindical, só retomado no final da década e 1960, mas logo novamente atingido com o AI5 – Ato Institucional nº5 que acabou com todas as liberdades democráticas no Brasil.
A partir de maio de 1978 o movimento operário e sindical volta com força. Com a abertura lenta e gradual da ditadura militar, começa a nascer a democracia. Em 1983 é surge a Central Única dos Trabalhadores – CUT, entidade a qual somos filiados há 25 anos.
Toda a história do sindicalismo brasileiro mostra que sozinhos somos apenas um contra a força do patrão. Neste contexto o Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville tem muito orgulho de sua história de lutas. Foram inúmeras greves, paralisações e enfrentamentos que forçaram negociações que alcançaram resultados que pareciam impossíveis. Ganhos reais de salários, participação nos lucros e resultados, licença maternidade de seis meses. Tudo porque os trabalhadores entenderam em sua maioria que lutar é preciso.
Há ainda muita coisa a ser feita. A atual realidade brasileira exige muita união e resistência dos trabalhadores e das trabalhadoras em defesa da manutenção de direitos como férias, 13º, aposentadoria digna, salários descentes e de uma vida digna.
Diante de tanta luta a ser feita nós somos do Sindicato dos Metalúrgicos nos mantemos firmes na luta em defesa não apenas das metalúrgicas e dos metalúrgicos de Joinville, mas de toda a classe trabalhadora. Acreditamos que uma sociedade justa e com oportunidades para todos é mais que possível, é necessária! Por isso jamais nos furtaremos da defesa do ensino e da saúde pública e de qualidade; do direito a moradia digna e do acesso à cultura! Assumimos o compromisso de sermos um Sindicato Cidadão!