As trabalhadoras e os trabalhadores metalúrgicos de Joinville (SC), através de seu Sindicato (STIMEJ), vem a público manifestar sua tristeza e revolta com relação ao ato de violência que culminou com a morte trágica de um trabalhador dentro de uma empresa metalúrgica de São Leopoldo (RS) nesta segunda-feira (06). Conforme nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL), “após um desentendimento por tomar café no horário de trabalho, o trabalhador metalúrgico Marcelo Camillo (36) foi atingindo com golpes provocados por arma branca. A empresa tem histórico de más condições de trabalho, inclusive com diversas denúncias feitas ao Sindicato, como problemas na insalubridade, perfuração de septo nasal pelo trabalho em cromo e carga horária de trabalho excessiva”.
A crescente precarização das relações de trabalho, fruto da retirada de direitos avalizada pelas reformas trabalhista e previdenciária, tem agravado ainda mais a situação para as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros. Os patrões seguem a risca a política do Governo Bolsonaro, simbolizada no chicote nas mãos de seu vice, general Hamilton Mourão, quando ainda em 2018 discursava na Associação Rural de Bagé. Enquanto os patrões ficam cada vez mais ricos à custa do suor, do sacrifício e do sangue da classe trabalhadora, a ela sobram as migalhas de uma política econômica excludente, a exploração cada vez mais intensa de sua mão de obra e os salários de miséria que não garantem nem mesmo as condições mínimas de sobrevivência.
Através desta nota o STIMEJ lamenta profundamente o ocorrido e manifesta o seu pesar e solidariedade aos familiares e amigos de Marcelo Camillo. Por todas as vítimas desse sistema que nos explora, escraviza e mata, seguiremos na luta por melhores condições de trabalho e de vida e isto só será possível através de um governo que promova um projeto de sociedade que respeite a classe trabalhadora.
MARCELO CAMILLO, PRESENTE!
