Hoje (9) a Comissão de Negociação, eleita em assembleia para defender a pauta de reivindicação da categoria, participou da segunda reunião com os representantes patronais para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho referente à data-base 2024/2025.
Entre os pontos defendidos pela Comissão esta a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário, terminando assim de uma vez por todas com a escala 6 x 1 que faz com que os metalúrgicos trabalhem 44 horas semanais de segunda a sábado. Também foi debatida a implementação de um vale alimentação, um benefício que não tem tributação para as empresas e que ajuda muito trabalhadoras, trabalhadores e seus familiares. Além destes, foram abordados outros pontos importantes para a categoria, como o reajuste no valor pago nas horas extras, subsídios de remédios e licença remunerada aos pais e mães quando precisarem levar filhos menores para realizar exames, consultas e quando precisam ficar em casa de atestado médico.
Mas, infelizmente, o sindicato patronal é inflexível na questão de jornada de trabalho e nas demais reivindicações que muito beneficiariam os trabalhadores e trabalhadoras da categoria. Está claro que o patronal metalúrgico de Joinville segue as políticas perversas da ACIJ, contrária a jornada de trabalho de 40 horas semanais e a conceder qualquer benefício aos trabalhadores.
Como se não bastasse isso, o patronal entregou uma relação de reivindicações que inclui o fim das homologações de rescisões no sindicato. Sabe o que isso significa? Que os patrões querem deixar o trabalhador sozinho e sem orientação na hora de fazer seu acerto com a empresa, tendo que lidar sozinho com o RH. Hoje, quando a trabalhadora ou o trabalhador é demitido ou pede demissão, a rescisão é feita no sindicato para que possamos conferir se os seus direitos estão sendo respeitados e pagos corretamente. Além disso, o patronal também pretende criar um banco de horas que prejudica os trabalhadores e só traz vantagens aos patrões.
O Sindicato, através da Comissão de Negociação, tem se colocado contra esses ataques maldosos dos patrões, exigindo que os direitos conquistados e estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho sejam ampliados e não retirados. É o mínimo que se espera já que as empresas da categoria, nos últimos anos, vêm batendo recorde de faturamento e lucro.
É importante ressaltar que as reivindicações do sindicato são tanto na parte econômica quanto na social para que categoria seja reconhecida com o devido valor que merece. A próxima reunião está agendada para quinta-feira (11), quando já deve ter sido divulgado o índice do INPC de março de 2024, que define a inflação dos últimos 12 meses desde que foi fechada a última negociação em 2023.